Missão AMAP – O que foi constatado

O que foi constatado
Segundo dados da CEAGESP, que serve como principal referencial, pelo volume de comercialização, a maçã foi a primeira fruta em valor de comercialização no ano de 2006, onde movimentou algo próximo de 235 milhões de reais, perdendo apenas para o tomate. Por esse ano, não se tratar de uma super safra, acredita-se que o valor de comercialização feche um pouco acima do praticado no ao ano passado.

 Pela constatação da comitiva joaquinense, existe uma grande diferenciação nos preços da maçã, tanto no CEAGESP quanto nos CEASA´s de Curitiba e Campinas. Os fatores que influenciam essa diferença diz respeito as características qualitativas ,de apresentação da fruta e alem da estratégia de mercado de cada empresa. As cooperativas joaquinenses, Sanjo, Cooperserra e Hiragami preenche todos os esses quesitos. A valorização dessas marcas é tanta que foi possível encontrar uma caixa de 18 quilo da variedade fuji ao preço de R$ 60,00 (sessenta reais). Verificaran-se preços favoráveis nas maçãs da Cooperativa Frutas de Ouro e de pequenos produtores associados como a G10. A comercialização de maçãs provenientes das grandes empresas da região de Fraiburgo, Vacaria e Caxias do Sul, nos locais visitados, em termo de quantidade de produto, chega a ser igual e em alguns casos até superior ao número de maçãs oriundas diretamente de São Joaquim. Na questão preço, a diferença também não foi grande, sendo observado em vários casos, preços elevados, (uma média de 30 reais a caixa de 18 quilos na variedade Gala) mas com frutos de qualidade inferior.   

 

Pela analise da AMAP, a maçã que é comprada por uma média de 12 centavos o quilo ou ainda é descartada pelas grandes empresas, são vendidas nas grandes redes de supermercado a preços que variam entre R$ 1,49 até R$ 4,00 o quilo. Não se tem uma comprovação da origem da maçã vendida nessas redes, se são da Serra Catarinense ou de outras regiões do Estado, mas a amostragem serve como referência para o tipo de produto e o preço disponibilizado ao consumidor final.No mercado municipal, nas feiras e hortifruti (fruteiras), onde o consumidor é mais exigente, a participação da maçã das Cooperativas joaquinenses é predominante. Novamente fatores como a qualidade do fruto, determina o preço. Segundo os comerciantes desses estabelecimentos, a venda só não é maior porque a disponibilidade de boa maçã não acontece o ano todo.Falando especificamente do mercado Paranaense, onde já foram comercializados no CEASA de Curitiba, nos três primeiros meses de 2007 um volume superior a 8.300 toneladas, a participação da maçã é pequena, tendo aí um amplo mercado a ser explorado. A comitiva presenciou, no dia 26, a venda de um lote de mais de 50 caixas de Gala Categoria 1, em menos de uma hora. As 11 horas da manhã já não era possível encontrar maçã de boa qualidade para comprar no CEASA Paranense.