ENCONTRO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL DA REDE MUNICIPAL
A SMECD, proporcionou no dia de ontem no Centro de Eventos do Idoso Formação Continuada para Diretores, Professores do A.E.E e 2º Professores, que atuam diretamente na Educação Especial da rede. As ações de formação de professores veem sendo distinguidas em dois momentos ou dimensões – inicial e continuada – que, por princípio, deveriam ser complementares, caracterizando-se como diferentes momentos de um mesmo processo de formação, que se compreende como inacabado, e por isto, contínuo e permanente. Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base de sua formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a atuação no atendimento educacional especializado e deve aprofundar o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, os centros de atendimento educacional especializado, para a oferta dos serviços e recursos da educação especial no município.
Falando um pouco sobre a educação especial, historicamente, temos acompanhado sucessivas mudanças paradigmáticas, normativas e conceituais que implicam, ou deveriam implicar, em mudanças nas práticas sociais e educacionais envolvendo os sujeitos da educação especial. Estas mudanças ganharam maior visibilidade a partir da década de 90, através das políticas de inclusão, disseminadas mundialmente por meio de documentos internacionais como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990), a Declaração de Salamanca (1994) e a Convenção de Guatemala (2001). Tais políticas de inclusão permitiram a ampliação dos espaços de discussão sobre a educação especial transpondo seus próprios limites e envolvendo os diferentes níveis e modalidades de ensino. Em âmbito nacional, a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96 garantiram o direito à escolarização destes alunos, preferencialmente, no espaço comum de ensino.
O ingresso paulatino e sistemático no ensino comum implicou em necessárias mudanças e (re) significações, para possibilitar tanto o acesso como a permanência, destes alunos, nos espaços comuns de ensino.
As necessárias mudanças e as discussões emergidas no contexto escolar envolveram diretamente a formação de professores, ou a falta de formação, denunciada pelos próprios professores para trabalharem “com este tipo de aluno”. É neste contexto que emerge o medo, a resistência e as argumentações que questionam o trabalho com estes alunos considerando a inexistência de experiências anteriores e/ou a falta de formação específica para o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Agradecemos a participação dos Diretores, professores em especial o professor José Leonardo pela belíssima apresentação.