Escola de Educação Infantil Municipal do Bairro São José é inaugurada em São Joaquim

Uma espera de muitos anos chega ao fim



A nova Escola de Educação Infantil Municipal Alcides Zabot (Traços e Letras)  localizada no Bairro São José abre suas portas para toda a comunidade, foi investido do Governo Federal e Municipal cerca de  R$ 2,2 milhões entre infraestrutura e mobiliário. A tramitação para a construção da escola teve início em 2007 quando o joaquinense João Paulo Borges, morava em Brasília e alertou o município sobre um projeto histórico e auxiliou no cadastramento, depois de tantos anos e readequações hoje é realidade.

 

 

Unidade escolar conta com refeitório amplo, banheiros adaptados, 05 salas de aula, sala de vídeo, cozinha equipada, sala para o administrativo, sala de professores, lactário, almoxarifados e toda ela  devidamente mobiliada e de acordo com as normas exigidas pelo FNDE, e iniciará suas atividades pedagógicas de atendimento aos 100 alunos regularmente matriculados em período integral no próximo dia 14 de fevereiro e vai receber crianças dos bairros, São José, Nossa Senhora de Fátima, Pradinho, Jardim das Hortênsias, Cohab II e Praia Verde.

 

 

Durante esta semana já foram feitas as matrículas de novos alunos e serão remanejados os que estudam em outras escolas mas residem próximo a escola Alcides Zabot. Quem assume a direção da escola é Luciana Silva Souza Miguel que terá mais 14 profissionais entre professores e auxiliares.

 

 

“Professores não são apenas cuidadores de crianças, eles têm o dever e o dom de ensinar valores e alfabetizar as crianças para a construção de um mundo melhor” relata o Prefeito, Giovani Nunes.

 

 

“O compromisso do governo municipal é oferecer a seus munícipes infraestrutura adequada para melhores condições de ensino aos educandos desde a educação infantil, anos iniciais e anos finais seguindo as metas do plano municipal de educação”, destaca o Secretário Municipal de Educação, Cultura e Desporto, Fabiano Padilha.



 

Quem foi Alcides Zabot

 

Alcides Zabot, neto de imigrantes italianos (Francesco Zabot e Elizabetta di Carli Zabot), de origem italiana da Província de Belluno, região de Venetto na Itália. Nasceu em Pedras Grandes então distrito de Tubarão em 27 de agosto de 1918, sendo filho de Silvio Zabot e Belmira Rossi Zabot, começou a trabalhar aos 14 anos de idade na mina de carvão da Companhia Barro Branco no Distrito de Guatá para ajudar sua mãe a sustentar os irmãos menores. 

 

 

Em 1943 casou-se com Eorziza Cardoso Zabot, e em 1948 subiu a serra juntamente com sua esposa e seus dois filhos Dircilei (In Memorian) com 4 anos e Silvio (In Memorian) com 45 dias, para trabalhar com seu sogro no açougue de João Damásio Cardoso e aqui fixou residência, onde tiveram mais dois filhos, Romário e Osmar, 12 netos e 20 bisnetos.

 

 

Trabalhou em diversas frentes de negócios desde um bilhar até sociedade em caminhões com seu irmão Tio Chico, foi sócio de Manuel Virgílio em um atacado de secos e molhados e no depósito de bebidas Brahma, teve um caminhão Ford 46, onde toda semana ia a Lages buscar mercadorias. 

 

 

Mais tarde vendeu sua parte na sociedade dos Borges e comprou uma pequena sala no calçadão, foi ampliando seus negócios, até chegar em 1964 onde foi pioneiro no ramo de supermercados em São Joaquim, juntamente com seus filhos. 



 

Sempre foi um visionário e um empreendedor à frente de seu tempo. Deixou grandioso legado à comunidade joaquinense e também muitas histórias com pessoas que tiveram o privilégio de conviver com ele. Foi um grande esportista, participou do Esporte Clube Nevada como jogador e mais tarde sendo técnico. 

 

 

Atuando como técnico no Esporte Clube Planalto e time municipal de futebol de salão, participando dos jogos abertos de Santa Catarina e vários campeonatos catarinenses. Trabalhou como voluntário na construção do assoalho de madeira da Igreja Matriz, do Ginásio de Esportes Juraci Santos e do Campo de Futebol José Leão Dutra. 

 

 

Fundou e foi técnico de um dos primeiros times de voleibol feminino (municipal), onde chegou a disputar o campeonato estadual, foi músico da Banda Mozart Joaquinense, Presidente do Lions Clube São Joaquim, Presidente do Clube Astréa, onde foi Rei Momo por vários carnavais. 

 

 

Em 1984 recebeu o título de cidadão joaquinense, e o troféu capuchinho do Clube Astréa pelos serviços prestados à comunidade joaquinense. Alcides Zabot nunca foi professor de sala de aula, mas deixou seus ensinamentos à comunidade através da sua maneira de ser.  Contribuiu anonimamente com as pessoas carentes e com a sociedade joaquinense e com entidades filantrópicas.  Alcides Zabot faleceu em 27 de agosto de 2010, no dia de seu aniversário de 92 anos. 

 

Fotos: Dionata Costa